Myspace....................Fotolog....................Youtube....................Last FM

7.2.13

Nota póstuma (do pórprio finado)... (Sobre nossos Linx)

Conforme o Mediafire bloqueou a conta que continha os arquivos referentes aos nossos lançamentos, por um longo tempo os linx aqui na lateral estiveram inativos...

Caso interesse a alguém, já seguem novamente disponíveis os três
[ "1984..." + "Cético, Séptico... Distópico..." + "Mondo Favela... (ou "O povo do Abismo..." ]

( E agora, retornamos à nossa cova rasa... )

2.5.10

Fim de atividades como Praia de Vômito...

Esta banda acabou

Respeito é pra quem tem, e ao longo desses quase quatro anos em atividades como uma banda, é impossível pra nós numerar agora quantas pessoas de fato conquistaram respeito de nossa parte. Sabemos que isso é piegas, mas cremos ser melhor assim. Antes isso do que não nos abrirmos às nossas queridas e nossos queridos (no sentido mais "desabafo" que isso possa ter), nossos peitos não suportariam. E, mais do que óbvio, bem sabemos que por fim, o encerramento desta banda não se trata de um grande e relevante evento de um modo geral. Mas, mesmo assim, prestamos nossas honras e préstimos pelo apoio dado nesses 45 meses...

Excesso de teorias e de propostas e déficit de atitudes quanto a todas essas teorias e propostas é desrespeitoso. 
Sempre deixamos claro que por ser esta banda uma extensão duma amizade entre as três pessoas, um bom tempo já corrido, não convinha que entrasse mais ninguém. Seria melhor que se formasse uma outra banda, com outro segmento e com uma visão de mundo agora diferenciada.
Também não convinha que saísse alguém e outro o substituísse. Nesse caso, a banda seria encerrada.
E como sempre dissemos, agora cumprimos. 

Não há necessidade de citação de nomes , isso seria indiferente e, claro, embaraçoso, mas o todo deste conjunto não podia mais depositar o mesmo tempo, "pegada", preocupação e dar a cara a  tapa como era feito antes. Com isso, chegamos no ponto em que se percebeu que o Praia de Vômito, como um conjunto, já havia dito o que havia pra dizer. Isso, fique bem claro, como conjunto. De modo individual, da visão particularizada de mundo, ainda há muito o que ser parido. Há demais por se fazer, por se colaborar, por construir...

Caso tenha  mesmo lido este texto até agora, vai perceber que a palavra "agora"  é repetida constantemente. Bem, é daqui, do agora, que partimos nossa visão, tanto pra frente quanto pra trás. Sim, não há como não olhar. Nos apaixonamos por um a um de tantos amigos e amigas, todos tão especiais. Nos entristecemos juntos, rimos juntos, nos preocupamos juntos, nos metemos em barcas furadas e em situações memoráveis juntos. Erramos e acertamos notas e gritos juntos, nas mesmas cavernas desse estado de São Paulo e até fora dele. Não há como não olhar pra trás.

Mas estamos com um olhar pra frente também. Talvez seja hora de ir praticar um pouco do muito e muito desse pouco que foi falado até aqui...

Um beijo extremamente carinhoso e carregado de admiração, direto do subsolo da pirâmide social...

PS: Temos um trabalho finalizado ["MONDO FAVELA..." ( ou "O Povo do Abismo...")  ] que sairia numa split com amigos da Sérvia. Não será lançado, porém em breve estará com todo o conteúdo de nossa parte disponível para download.


"... Praia de Vômito"
 
 
(...)

29.4.10

Guaranis kaiowa: A expulsão de Nhanderu Marangatu...

Extraído da página da Tv Indigena, filme do canal educativo holandês que denuncia a expulsão pela polícia federal dos guarani kaiowá de sua terra tradicional homologada pelo presidente Lula em 2005. Depois da liminar em favor dos fazendeiros 200 policiais, dezenas de carros e helicópteros agiram de forma truculenta contra a comunidade que passou a viver na beira da estrada. Menos de um mês depois, Dorvalino Kaiowá foi assassinado por um dos pistoleiros do Fazendeiro à quem a "justiça" deu a liminar.
fonte: http://www.youtube.com/user/yvypoty





(...)

22.4.10

O amor é livre... Entrevista Marian Pessah.


[Marian Pessah é fotógrafa e escritora feminista lésbica super ativa e integrante do coletivo Mulheres Rebeldes. 
Ela concedeu a entrevista abaixo à Leonor Silvestri, onde fala da questão do amor livre.]
 
Pergunta > Sua oficina sobre Amor Livre, no Encontro de mulheres lesbianas e bissexuais, que se realizou este ano [2008] em Rosário [Argentina] foi a mais concorrida…
Marian < Sim, foi muito louco. Sabia que iam ir muitas, mas não esperava tanto. A primeira vez que fizemos isto foi no Encuentro Lésbico Feminista de América latina y el Caribe no México com Ochy Curiel, e foi uma das mais disputadas, ou seja, não me surpreendeu tanto, de 400 mulheres mais de 100 vieram, e fisicamente não houvera mais lugar…
Pergunta > O que pensa que estão buscando as garotas?
Marian < O comum denominador das que assistiram não buscou um lugar rupturista senão veio em buscas de uma maneira de manejar os cornos. “Lhe conto ou não lhe conto se gosto desta mina ou gosto da outra?” Não vão ao ponto da questão, de porque têm que se fechar as relações. Existe uma fita que te diz “assim tem que pensar” e o repete. Também vieram muitas muito perdidas que nunca haviam escutado falar de nada disto. Há muitas que não são conscientes de que reprimem seus desejos, nem sequer pensam em seu desejo e não vão ao ponto da questão: porque tem que fechar. Por exemplo, uma garota em uma oficina me contou: “Se eu estou com alguém e outra me excita, deixo esta relação e começo uma nova”, unindo sempre sexo com namoro.
Pergunta > Existe o mito de que as mulheres são mais conservadoras…
Marian < Eu acredito no sexo sem amor, porque ai também está o mito de que nós não nos excitamos: nós queremos foder e somos sexuais, queremos sexo selvagem. Sempre que há mutuo acordo e cuidado, está tudo bem. Se eu quero que me chicoteiem e outra quer chicotear-me – porque não? -, tudo o que seja mutuamente consensual, tudo o que seja prazer consensual faz parte disto. Contudo, a oficina foi muito boa, visibilizou, denunciou e serviu para começar a falar deste tema e ademais foi a única que questionou a monogamia. Estas oficinas que eu armo são egoístas, as faço para poder entender mais. O sistema não vai se meter no meu corpo. Se algum dia estiver só com uma mulher, será uma escolha, a questão é escolher.
Pergunta > Como se diz: amor livre, casamento aberto ou relações abertas?
Marian < Eu digo amor livre, é um termo que vem da anarquia, e por isso é político, ou relações abertas, que tampouco significa um namoro, namoro é dois, é fechado. Relações que são muitas e vão e vem, é disto que falo. Para mim, amor livre e relações abertas são sinônimos. Meu trabalho enfoca-se em feministas lésbicas, nesse marco teórico. Cito o trabalho começado por Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre, Alexandra Kollontai ou Emma Goldman, Pizano também. Sou anarquista, quero falar deste lugar politicamente, não só da cama.
Pergunta > Porque pensa que a gente necessita de relações abertas?
Marian < Eu começaria pelo contrário: porque a gente necessita fechá-las, quando é uma imposição da sociedade que diz que há de fechá-las, e reproduzir modelos. Se fecha o amor porque a sociedade necessita organizar-nos, o mesmo que necessita a polícia e os militares. Quando falamos disto surge: “até onde vamos chegar?”. E eu mudo a ênfase e digo: “Até onde iremos chegar? Que será bom que possamos descobrir desde o amor e desde a liberdade.
Pergunta > O pratica?
Marian < Eu tenho uma relação aberta. Faz 4 anos que estamos juntas e 3 que vivemos juntas, mas desde um ano e meio atrás eu tenho viajado muito. Clarisse disse que nos agüentamos porque eu viajo, uma piada. Com Clari tenho uma relação profunda, mas em outras relações odeio hierarquizar, dizer que ela é minha relação principal, mas esta relação é mais forte e isso se dá “naturalmente”. É complicado o tema de nomear, mas se não damos nome, não existe. Tampouco sei se vamos estar toda a vida juntas.
Pergunta > Como começou?
Marian < Quando me separei, depois de uma relação de 6 anos super hermética, conheci a Clarisse e começamos a ficar juntas; até estar com ela nunca imaginei que eu fosse isto que sou hoje. Não sei como passou, mas começamos a conversar sobre fidelidade; a medida que nosso afeto crescia, eu lhe falei que não sabia como era ser fiel ou infiel e que não queria voltar àquele tipo de relação de antes porque muitas vezes reprimia o que sentia e desejava. Desde de que estou com Clari eu nunca estive com tantas mulheres e nunca amei a alguém tanto como amo ela, porque com ela descobri a liberdade. Eu gosto de mulheres, porque tenho que deixar de gostar? Há uma que amo profundamente, mas não é a única que gosto. Eu ponho palavra ao desejos, não tenho só desejo por essa única mulher, a qual deveria jurar amor eterno, temos uma relação conversada. Clarisse me disse “se um dia nos separamos você segue vivendo aqui, juntas”, nosso amor vai mais além do sexual, que de todas forma existe, que nos une.
Pergunta > Conhece outras mulheres que trabalham este tema?
Marian < Somos poucas as que vêm trabalhando isto, há algumas que o trabalham mais teoricamente, mas nunca na prática. Eu queria um grupo de estudo, além de oficinas de vivência. Eu não quero dar aulas. É mais: uma vez quisemos abrir um albergue transitório de lesbianas, porque não há, mas com um preço econômico, que não se lucre. Os espaços onde relacionar-se com uma sexualidade mais livre como fazem os homens (motéis, sex shops, saunas) se podem propor, mas sem ânimos de ganhar dinheiro.
Pergunta > Porque é tão difícil viver uma relação aberta?
Marian < É um tema que custa muitíssimo porque trata de se meter com o cimento, com a base, de ir ao fundo e não fica nada em pé: toca a família, a religião, seu pai e sua mãe, a economia e todo que te ensinaram. Vamos para além de uma relação convencional e nos unimos a destruição da família e buscamos armar núcleos afetivos, não famílias alternativas como se diz agora, que continuam com o peso tão forte do patriarcado e da igreja. Eu quero destruir, começar pela raiz. Teríamos que voltar a inventar novas formas de relacionar-se, porque até o meio arquitetônico predispõe e arma; se vivêssemos de outra maneira, em contato com a natureza, onde eu pudesse ter meu próprio espaço em comunidade, talvez se resolveria.
Pergunta > Como é o dia a dia em uma relação aberta?
Marian < Com Clari temos alguns acordos que são importantes e que não são imóveis. Por exemplo, quando juntas no mesmo espaço não flertamos. E na cidade, Porto Alegre, onde vivemos, não buscamos outras pessoas. Cada relação tem seus próprios acordos, estes são nossos acordos, cada uma terá os seus. Os ciúmes desconstroem no espaço, o ciúme é o medo de perder. Eu gosto de outra pessoa, mas te sigo querendo, e não quero escolher. Eu a ajudei a traduzir e-mails para uma mulher espanhola com a qual ela esteve. E isso nos une mais.
Pergunta > Mas você sempre volta a Clarisse?
Marian < Eu estou com ela, não volto por que não me vou. Ainda que isto gere conflito porque gera hierarquias.
Pergunta > Sua postura gera algum conflito com as pessoas que te conhecem?
Marian < Estamos cheias de moral e misoginia, chegaram a me chamar de “puta arrebentada”; e muitas não me dizem, mais sei que pensam. Algumas vezes me fazem pergunta do tipo: “e se os braços de tua Clarisse abraçam a outra mulher?” E bom -eu digo- são seus braços, não os meus, e não me pertencem.
Tradução > Antonio Henrique
Revisão > Íris Nery
Agência de Notícias Anarquistas-ANA
"No rio, a canoa
pinta em verde
o seu reflexo."
 
               Eugénia Tabosa


(...)

O mito da caverna - animação...

No texto de Michael Ramsey, a analogia de Platão sobre abertura da mente e auto-conhecimento  na animação em milhares de fotos em altíssima resolução da arte em barro, de John Grigsby ( em inglês )



Por Michael Ramsey & John Grigsby

Bertrand Russell: "O Impacto da Ciência Sobre a Sociedade..."

"Dietas, injeções, e injunções se combinarão, desde a mais tenra idade, para produzir o tipo de caráter e o tipo de crença que as autoridades consideram desejáveis, e qualquer crítica séria a esses poderes tornar-se-á psicologicamente impossível. Mesmo se todos forem miseráveis, todos se acreditarão felizes porque os governos assim lhes dizem que são".
[Bertrand Russel, O Impacto da Ciência Sobre a Sociedade, pg 50, 1953]




(...)

21.4.10

Agressão da GCM aos Moradores da Ocupação Mauá, em São Paulo...


E-mail recebido na segunda-feira 19 de abril, as nove horas da manhã...
"Hoje (18/04/2010), aproximadamente às 21h, após uma discussão de um dos moradores da ocupação Mauá em São Paulo com um transeunte, diversas viaturas da GCM (Guarda Civil Metropolitana) armaram um grande circo em frente à ocupação com direito a gás de pimenta, bombas, cacetetes e muita humilhação. 

Os moradores Cabelo, Zé Orlando, Rômulo, Raquel, Luciano e Manuelzinho foram agredidos pela Guarda e todos, com exceção de Manuelzinho deram entrada na Santa Casa de Misericórdia.
Testemunhas viram Manuelzinho, já rendido, sendo espancado enquanto era levado pela Guarda. Até agora ninguém sabe seu paradeiro.
A ocupação Mauá existe desde 25 de março de 2007 e abriga 217 famílias, dentre elas pessoas que tiveram bolsa-aluguel suspenso, pessoas que não tiveram mais condições de arcar com despesas de cortiço, pessoas em situação de rua e também famílias vindas da ocupação Prestes Maia, despejada em 2007. 

http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2010/04/470103.shtml"




Ao que, de nossa parte, seguiu-se:
Curioso, mórbido e traz um nó na garganta lembrar que quase na mesma hora em que este incidente estúpido se dava, nós comentávamos sobre isso mesmo no evento em prol da ocupação Mauá... Sobre a brutalidade com que participantes  de manifestações e movimentações como esta são tratados pela polícia, pela inútil GCM e todos os seus infiltrados, olheiros, suas listas de sujeitos suspeitos e seu ódio infundado contra um povo que em nada difere deles, exceto que eles, esse povo, não atuam como cães raivosos em coleiras, tentando romper  o grilhão, somente para destroçar sem razão aparente o alvo de sua fúria...
E ontem, mais uma vez, 'esse cão' escapou à coleira...

De certa forma ( uma forma ruim, desanimadora pra muitos) já se é de esperar, vindo duma 'força' (truculência remunerada e com direito a férias e 'progressão' de carreira) que é um 'subdegrau', uma facçãozinha - a GCM - que vive de admirar e querer ser igual a uma quadrilha de fato e orgulhosamente danosa, perigosa - a PM! -  sem ter capacidade nem para tal... 


A 'proteção à população' oferecida por esses 'capitães do mato' e 'jagunços' é um serviço que efetivo mesmo, somente mediante olhares gulosos de imprensa, gravatas vistosas em colarinhos tão brancos quanto a cabeça do sujeito que a traja e poodles em colo de madames...
Caso este assunto 'siga em frente' com cobertura jornalística ( ninguém morreu esfacelado ou o rolex de nenhum 'bacana' foi levado, então achamos difícil ) podemos nos preparar para muitas versões de imprensa à la Stalin e  Grande Irmão...
Augusto Miranda ( ...PxDxV )
E de um dos conjuntos musicais participantes, Trancarua,  a letra, que bem descreve a situação toda...


"NO BICO DAS BOTAS E NOS CACETETES
A FORÇA DA ORDEM.

EM PRÉDIOS VAZIOS EM FAVELAS QUEIMADAS
A CARA DA ORDEM.

EM VIDROS BLINDADOS.
OS DONOS DA ORDEM E O SENTIDO DA ORDEM.

EM NOME DA ORDEM ALGUNS FORAM LEVADOS.
EM NOME DA ORDEM TODOS RESISTIRÃO.
EM NOME DA ORDEM PRÉDIO EVACUADO.
EM NOME DA ORDEM NOVA OCUPAÇÃO."
[Questão de ordem - Album: "Não esquecemos - Não esqueceremos"]


(...)

8.4.10

Faz uma pergunta pra gente!

Mas pode ser qualquer uma, ok? (risos)
                             Vai no Link...


(...)

5.4.10

Notas de "Vidas Secas" ( Garciliano Ramos )... 'O Soldado Amarelo...'

[ Fabiano se depara com o mesmo policial que o humilhara, espancara em público e jogara na cadeia por uma noite...]

 "Como a gente muda! Era. Estava mudado. Outro indivíduo, muito diferente do Fabiano que levantava poeira nas salas de dança. Um Fabiano bom para agüentar facão no lombo e dormir na cadeira.
Virou a cara, enxergou o facão de rasto. Aquilo nem era facão, não servia para nada. 
Ora não servia!
- Quem disse que não servia?

Era um facão verdadeiro, sim senhor, movera-se como um raio cortando palmas de quipá. E estivera a pique de rachar o quengo de um sem-vergonha. Agora dormia na bainha rota, era um troço inútil, mas tinha sido uma arma. Se aquela coisa tivesse durado mais um segundo, o
polícia estaria morto.

Imaginou-o assim, caído, as pernas abertas, os bugalhos apavorados, um fio de sangue empastando-lhe os cabelos, formando um riacho entre os seixos da vereda. Muito bem! Ia arrastá-lo para dentro da catinga, entregá-lo aos urubus.
E não sentiria remorso. Dormiria com a mulher, sossegado, na cama de varas. Depois gritaria aos meninos, que precisavam criação. Era um homem, evidentemente.

Aprumou-se, fixou os olhos nos olhos do polícia, que se desviaram. Um homem. Besteira pensar que ia ficar murcho o resto da vida. Estava acabado? Não estava. Mas para que suprimir aquele doente que bambeava e só queria ir para baixo? Inutilizar-se por causa de uma fraqueza fardada que vadiava na feira e insultava os pobres! Não se inutilizava, não valia a  pena inutilizar-se. Guardava a sua força. Vacilou e coçou a testa. Havia muitos bichinhos assim ruins, havia um horror de bichinhos assim fracos e ruins.

Afastou-se, inquieto. Vendo-o acanalhado e ordeiro, o soldado ganhou coragem, avançou, pisou firme, perguntou o caminho. E Fabiano tirou o chapéu de couro.
- Governo é governo.

Tirou o chapéu de couro, curvou-se e ensinou o caminho ao soldado amarelo.
"



(...)

29.3.10

Vídeo: "Tropas brasileiras no Haiti..."

Eficaz resumo do que significa para os haitianos a presença das "tropas pacificadoras" da Minustah....




(>>>)

27.3.10

"O Pai, O Filho e o Escarro Santo..."

"Não nascido, cagado na existência,
um aborto tumoral na forma de bebê...

Excreção doentia... Eu não sou um Animal.
Um animal em pele de Feltro
O Reino da pele é meu deleite,
Um país de pestilência.
Jardim de doença, suando veneno,
lágrimas de pus.

Eu só quero tocar você, segure-me em seus braços
e diga que tudo está bem, mamãe.
Mas eu me ergo de um fosso de pestes -
Espectro da imundície,

O Pai, O Filho e o escarro Santo!"
[ Asilo Arkham, "CARA de BARRO" por Grant Morrison ]




(...)

22.3.10

Página da Reforma Agrária, no ar...



Veio ao ar desde a quinta-feira, dia18 de março de 2010, o blog da rede de comunicadores em apoio à reforma agrária e contra a criminalização dos movimentos sociais. A decisão da criação da página e seu intuito foram estabelecidas uma semana antes, no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, contando com cerca de 100 pessoas, entre jornalistas, radialistas, blogueiros, estudantes e radiodifusores comunitários.


Além de apresentar o que imprensa oficial não tem permissão para o fazer , como experiências bem sucedidas de assentamentos rurais, reforma agrária e agriultura familiar, aequipe se propõe a acompanhar a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) imposta no fim de 2009 pela truculenta e ardilosa bancada ruralista que cavalga nas costas dos setores de mídia e imprensa.
( essa mesma impensa que vive brigando por uma suposta liberdade de expressão... ou liberdade de veicular o equivalente pelo que lhe pagam...)

Sessões fixas, como o raio-x do latifúndio, impactos do agronegócio, quem apóia a reforma agrária, entre outras...

Segue trecho de texto extraído da página...


"A imagem de um trator a derrubar laranjais no interior paulista, numa fazenda grilada, roubada da União, correu o país no fim do ano passado, numa campanha claramente orquestrada. Agricultores/as miseráveis foram presos, humilhados. Seriam os/as responsáveis pelo “grave atentado”. A polícia trabalhou rápido, produzindo um espetáculo que foi parar nas telas da TV e nas páginas dos jornais. O recado parece ser: quem defende reforma agrária é “bandido/a”, é “marginal”. Exemplo claro de “criminalização” dos movimentos sociais.

Quem comanda essa campanha tem dois objetivos: impedir que o governo federal estabeleça novos parâmetros para a reforma agrária (depois de três décadas, o governo planeja rever os “índices de produtividade” que ajudam a determinar quando uma fazenda pode ser desapropriada); e “provar” que os que derrubaram pés de laranja são responsáveis pela “violência no campo”.

Trata-se de grave distorção.

Comparando, seria como se, na África do Sul do Apartheid, um manifestante negro atirasse uma pedra contra a vitrine de uma loja onde só brancos podiam entrar. A mídia sul-africana iniciaria então uma campanha para provar que a fonte de toda a violência não era o regime racista, mas o pobre manifestante que atirou a pedra.

No Brasil, é nesse pé que estamos: a violência no campo não é resultado de injustiças históricas que fortaleceram o latifúndio, mas é causada por quem luta para reduzir essas injustiças. Não faz o menor sentido?

A violência no campo tem um nome: latifúndio. Mas isso você dificilmente vai ver na TV. A violência e a impunidade no campo podem ser traduzidas em números: mais de 1500 agricultores foram assassinados nos últimos 25 anos. Detalhe: levantamento da Comissão Pastoral da Terra (CPT) mostra que dois terços dos homicídios no campo nem chegam a ser investigados. Mandantes (normalmente grandes fazendeiros) e seus pistoleiros permanecem impunes.

Uma coisa é certa: a reforma agrária interessa ao Brasil. Interessa a todo o povo brasileiro, aos movimentos sociais do campo, aos/as trabalhadores rurais e ao MST. A reforma agrária interessa também aos/as que se envergonham com os acampamentos de lona na beira das estradas brasileiras: ali, vive gente expulsa da terra, sem um canto para plantar – nesse país imenso e rico, mas ainda dominado pelo latifúndio.

A reforma agrária interessa, ainda, a quem percebe que a violência urbana se explica – em parte – pelo deslocamento desorganizado de populações que são expulsas da terra e obrigadas a viver em condições medievais, nas periferias das grandes cidades.

Por isso, repetimos: independente de concordarmos ou não com determinadas ações daqueles que vivem anos e anos embaixo da lona preta na beira de estradas, estamos em um momento decisivo e precisamos defender a reforma agrária.

Se você é um democrata, talvez já tenha percebido que os ataques coordenados contra o MST fazem parte de uma ofensiva maior contra qualquer entidade ou cidadão que lutem por democracia e por um Brasil mais justo."



(...)

15.3.10

Senador Roy Ashburn mostra para que veio...


Avanços nas relações de respeito, justiça, igualdade e dignidade para os homossexuais há mais de uma década têm na figura de Roy Ashburn uma inimizade ímpar...

(ou tinham...)


Após anos de “militância”, na terça feira da segunda semana de março, por ser flagrado deixando uma boate gay, bêbado e “bem acompanhado”, o ortodoxo senador cristão, pai de quatro filhos e aos 55 anos assume a que veio, numa entrevista à rádio local de Bakersfield, KERN-AM...


Em sua ressaca moral, comentou a pérola, de que suas posturas não representam suas crenças de fato, mas sim “da fatia a que representa...”


Diante de tal fato, o conjunto musical representado nesta página de blogspot tem uma importante exclamação a fazer:

- “Tolinho...”.


(Fecha aspas)


Link para Matéria no “Mídia Independente”...





E é impressionante a postura dos conservadores, mesmo aqui, na lata de lixo dos EUA, sobre o fato.


Nesse link para o “Fórum Go$pel”, há quem chegue a nivelar a opção sexual desse “golfinho” com a índole do ex-presidente da Galáxia, George W. Bush...


E (para eles, claro), a letra de “Brothers and Sisters” (do grandioso No Violence!)...


“Não suporto mais o seu ódio, é isso...

Me cansei desse preconceito

Levantaremos nossa voz contra vocês –

IRMÃOS E IRMÃS, VOCÊS NÃO ESTÃO SÓS NESTA BATALHA!

Estamos em pé contra a homofobia!

Vocês não têm o direito de segregar!

Dizem que detêm a verdade, mas quem a deu a vocês?

Eu não permitirei que essas mentiras se perpetrem!

O que é o “certo”? O que é o “errado”? Quem são vocês pra dizer isso?

Cegos demais pra fazer qualquer julgamento!

Eles fizeram uma escolha que eu respeito

E eu vou protegê-la, e a vejo tão natural quanto a que nós fizemos

Todo esse ódio...

Por que você não entender o amor entre pessoas do mesmo sexo?

Mas você não quer diálogo,

então chama isso de pecado, chama de crime...

E eu te chamo de Hipócrita! Você é meu inimigo!

Recuso tuas mentiras, chega de lágrimas rolando...”



(...)

11.3.10

Massacre de cristãos na Nigéria: Casualidades religiosas...

por Augusto Miranda

A divergência de crenças não é razão suficiente pra que se odeie, queira mau e aja com violência contra outra pessoa ou grupo.
Pelo menos, deveria ser assim.
Incrível – termo mais amplamente aplicável a qualquer coisa que gire em torno de religião... – como sobretudo as religiões monoteístas têm dificuldade em aceitar a diferença de opinião e estilo de vida,e a facilidade que têm de engolir, regurgitar e comer novamente tudo o que sempre foi imposto nas páginas do alcorão e bíblia, como “amor ao próximo” (piada), “justiça”, “outra face” (mais pedida do que oferecida, porém vendida a preços módicos pelos neo-pentecostais de plantão).
Um bom exemplo disso aconteceu neste fim de semana último, dia 07 de março, quando centenas de pessoas, a maioria cristãos, homens e mulheres de quaisquer idades e até mesmo crianças foram retiradas de suas casa sob o susto de rajadas de tiros e depois, do lado de fora, massacradas a golpe de facão por pastores muçulmanos, em Jos, Nigéria.
Falou-se em mais de quinhentas pessoas. Falou-se em duzentas pessoas. Depois falou-se em duzentas pessoas sendo enterradas em vala comum. Reduziu-se então o número a 109...

A cor da pele tem desse poder, de te transformar em um número oscilante ou numa pessoa com identidade e direitos à medida que clareia em sua tonalidade... Deus não parece enxergar sob a pele, ou não consegue ensinar seus seguidores a o fazer. Parecem ter um problema excludente com relação à melanina e opiniões...
Quase NOVE ‘M – I – L’ pessoas deixaram suas casas ou para se refugiarem em regiões afastadas ou em delegacias por conta do pavor...
Ondas de protestos tomaram conta das ruas por volta da quinta feira. De cruzes, bíblias e ramos de arvore (tradição local em manifestações) reclamavam da que chamam de “Liderança Invisível” – referência ao inerte vice-presidente, Goodluck Jonathan, que ocupava o posto do presidente Umaru Yar'Adua, afastado por problemas de saúde...
Essa “rusga” não é recente, é nada nova.
Ainda em janeiro agora, cerca de 300 pessoas foram dizimadas, em sua imensa maioria muçulmanos, em conflitos entre as etnias muçulmanas do norte e cristãs do sul, que aliás, quase que dividem a Nigéria territorialmente.
Os números de mortos nesses conflitos que só fazem sentido para os religiosos locais tem sido nada humildes ao longo dessa última década. Cerca de MIL mortos em setembro de 2001... Outras setecentas vitimas em 2004, e em 2008, trezentas...
Na prisão de 49 suspeitos e indiciados por homicídio doloso e conspiração, pelo terror recente, a justificativa para estes últimos ataques foi a de se tratar de uma “missão de vingança...”.
Alá provavelmente os recompensará, assim como Jesus galardoará aos do outro lado...


(...)

Do estado...

por Paulo Claudino.

Estado relapso insano -
Mortes anunciadas pelo bom dia Brasil .
Fontes de água esgotando a energia
É o fim de tudo que surgiu...

Onde há esperança pra acreditar ?
Que futuro, que utopia necessária ?
Quem é você para você ?
De quem é a última palavra ?

Estado colapso nacional -
Bandeiras disformes da estupidez!
Minorias dos guetos, todos pretos,
Agora de quem é a vez ?

O estado sou eu
A maquina de fazer sonhos ...
O estranho passageiro da velocidade
Velocipede marchando !




Luta armada de idéias
Todo este tempo filosando .
Uma hora chega e se entrega
A liberdade que tanto almejamos !

Segundo a paixão anarquista
Segundo a guerra dos anjos .
O mundo real é fascista -
Mas a paz é um plano...

Estado contra todos...
Estado contra ninguém...
Enquanto isso lutamos
Para um dia ser alguém...


(...)